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O processo de emagrecimento é a sua história

A diferença entre perseguir a reta final e viver o emagrecimento como um longo e demorado café, celebrando cada detalhe.


Apaixonar-se pelo processo é a mais sofisticada das artes.

É um convite para que a vida, com toda a sua pressa e suas métricas implacáveis, nos sente à mesa para um longo e demorado café.

A gente se acostumou a enxergar o processo de emagrecimento como uma estrada reta, onde só vale a pena visualizar a placa da chegada. Mas a chegada, acredite, é apenas o ponto final de uma revolução interna que começou muito antes.

É claro que os pacientes chegam ao consultório buscando a transformação externa: o número na balança, a roupa que volta a servir. Mas é nos bastidores, nas entranhas dessa jornada, que reside o meu maior orgulho e, por consequência, o meu maior ensinamento: a beleza das transformações internas.

Digo aos meus pacientes que é preciso viver cada detalhe, cada garfada, cada escolha com um olhar crítico, sim, mas também com a permissão de comemorar cada vitória.


mulher refletindo sobre o processo de emagrecimento
Reflita sobre a transformação interna do processo de emagrecimento.
O olhar crítico não é punitivo. Não é a voz do fiscal de calorias. É o juízo íntimo que define o que te serve ou não.

Todos nós sabemos, racionalmente, que comer até passar mal em um rodízio não faz bem para a saúde. Mas eu preciso que a pessoa sinta, no seu âmago, que esse ritual não compensa para ela. Não pelas calorias, mas pela troca emocional que se estabelece: a ansiedade de poder comer muito sendo trocada pela culpa e o mal-estar que se seguem.

É uma conta cruel: você se joga na fartura com o medo de quem sabe que está assinando uma conta que será cobrado com juros de sofrimento. Não faz sentido normalizar essa situação, mas a mudança só acontece de verdade quando essa lógica deixa de fazer sentido na sua cabeça. Aí, a transformação de comportamento não é mais uma restrição temporária; é uma liberdade conquistada.

E é nessa liberdade que mora a outra ponta do processo: a celebração. Aqui, a vitória é muito mais que o peso perdido. É o autocuidado que ressurge, a autoestima que se permite um olhar mais gentil no espelho. É a musculação que, pela primeira vez, te faz sentir forte, e não apenas esgotada. É o resgate do prazer na qualidade, e não na quantidade.

A meta, a motivação final, é necessária, claro. Ela é a bússola que aponta o caminho. Mas, se você esperar para comemorar só na reta final, corre o risco de passar pela vida sem perceber que a maior conquista já estava acontecendo enquanto você caminhava.

A chegada é só uma festa. O processo, ah, o processo é a sua história. É o livro que você escreve a cada manhã, a cada escolha consciente, sem pressa e sem rasuras.


Pense nisso: Se você está se punindo hoje para celebrar apenas no futuro, será que a sua jornada está construindo a liberdade que você tanto busca, ou apenas mais uma prisão temporária?

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©2021 por Nutricionista Amanda Butten

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