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vida saudável do prato à mente

Esse é o meu blog escrito! Sou nutricionista e gosto de conversar sobre vida saudável de forma geral: alimentação, atividades físicas, saúde mental... e como tudo isso junto pode impactar a nossa saúde. Seja bem vindo: aqui tem aprendizado e diversão.

A diferença entre perseguir a reta final e viver o emagrecimento como um longo e demorado café, celebrando cada detalhe.


Apaixonar-se pelo processo é a mais sofisticada das artes.

É um convite para que a vida, com toda a sua pressa e suas métricas implacáveis, nos sente à mesa para um longo e demorado café.

A gente se acostumou a enxergar o processo de emagrecimento como uma estrada reta, onde só vale a pena visualizar a placa da chegada. Mas a chegada, acredite, é apenas o ponto final de uma revolução interna que começou muito antes.

É claro que os pacientes chegam ao consultório buscando a transformação externa: o número na balança, a roupa que volta a servir. Mas é nos bastidores, nas entranhas dessa jornada, que reside o meu maior orgulho e, por consequência, o meu maior ensinamento: a beleza das transformações internas.

Digo aos meus pacientes que é preciso viver cada detalhe, cada garfada, cada escolha com um olhar crítico, sim, mas também com a permissão de comemorar cada vitória.


mulher refletindo sobre o processo de emagrecimento
Reflita sobre a transformação interna do processo de emagrecimento.
O olhar crítico não é punitivo. Não é a voz do fiscal de calorias. É o juízo íntimo que define o que te serve ou não.

Todos nós sabemos, racionalmente, que comer até passar mal em um rodízio não faz bem para a saúde. Mas eu preciso que a pessoa sinta, no seu âmago, que esse ritual não compensa para ela. Não pelas calorias, mas pela troca emocional que se estabelece: a ansiedade de poder comer muito sendo trocada pela culpa e o mal-estar que se seguem.

É uma conta cruel: você se joga na fartura com o medo de quem sabe que está assinando uma conta que será cobrado com juros de sofrimento. Não faz sentido normalizar essa situação, mas a mudança só acontece de verdade quando essa lógica deixa de fazer sentido na sua cabeça. Aí, a transformação de comportamento não é mais uma restrição temporária; é uma liberdade conquistada.

E é nessa liberdade que mora a outra ponta do processo: a celebração. Aqui, a vitória é muito mais que o peso perdido. É o autocuidado que ressurge, a autoestima que se permite um olhar mais gentil no espelho. É a musculação que, pela primeira vez, te faz sentir forte, e não apenas esgotada. É o resgate do prazer na qualidade, e não na quantidade.

A meta, a motivação final, é necessária, claro. Ela é a bússola que aponta o caminho. Mas, se você esperar para comemorar só na reta final, corre o risco de passar pela vida sem perceber que a maior conquista já estava acontecendo enquanto você caminhava.

A chegada é só uma festa. O processo, ah, o processo é a sua história. É o livro que você escreve a cada manhã, a cada escolha consciente, sem pressa e sem rasuras.


Pense nisso: Se você está se punindo hoje para celebrar apenas no futuro, será que a sua jornada está construindo a liberdade que você tanto busca, ou apenas mais uma prisão temporária?

A parte invisível, e essencial, do processo de emagrecimento e mudança de comportamento.


Quando pensamos em emagrecimento, as primeiras palavras que costumam aparecer giram em torno de dieta, medidas, tamanho de roupa. São números que cabem na calculadora, comparações que cabem no espelho.


Mas pouco se fala sobre o lado mais silencioso, e talvez o mais transformador, do processo: a mudança de comportamento.

mulher caminhando num parque

Grandes perdas de peso quase sempre vêm acompanhadas de grandes mudanças internas e, claro, mudanças de comportamento e pensamento. No início, é comum ouvir frases como “eu sempre comi assim”, “eu nunca gostei de exercício”, “não nasci pra isso”. Só que, no caminho, esses “sempres” e “nuncas” se desfazem. Viram brechas para experimentar. E experimentar é abrir espaço para a mudança.

É por isso que chamo o emagrecimento saudável de jornada. Não é um sprint, é uma trilha. Longa, cheia de subidas, descidas e desvios.


Exige fôlego, paciência e disposição para se transformar, pouco a pouco, na sua melhor versão.


No começo, tudo é novidade: receitas diferentes, exercícios no YouTube, um entusiasmo quase infantil em provar algo novo. Mas, depois de dois ou três meses, chega o ponto crítico: a empolgação arrefece. É aí que se revela a grande questão: você está pronto para sustentar a mudança ou vai ceder à tentação de voltar ao “antigo eu”?

Não há problema algum em tropeçar, nem em recomeçar. O caminho de volta também ensina. Às vezes, o hábito que parecia perfeito para você não era o certo, e tudo bem. O que não pode se perder é a clareza do destino.

Esse retorno aos velhos hábitos vai bater à porta mais de uma vez. E quando bater, é hora de parar e olhar pra dentro: você está se aproximando do que deseja ser ou se afastando dele?

Em algum momento da jornada, quase todos passam por uma crise de identidade. Parece que o peso perdido levou junto uma parte de quem você era. E, de certo modo, levou mesmo. Porque o emagrecimento é isso: abrir mão de uma versão antiga para dar lugar à que você sempre sonhou em ser.

Por mais que o passado nos chame de volta, é para frente que precisamos olhar. O emagrecimento não se sustenta apenas com plano alimentar ou força de vontade. Ele só se sustenta quando você entende que o corpo se transforma junto com aquilo que é invisível: o seu eu interior.

No fim, é o emagrecimento saudável com foco em comportamento que garante que a sua transformação não seja temporária, mas parte de quem você se torna.


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©2021 por Nutricionista Amanda Butten

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